O Suns é um cavalo paraguaio

Outro dia desses, eu comentei no Twitter que iria escrever com post com esse título, pois ele conta a realidade da temporada atual do Suns: começou disparando na frente, mas logo perdeu o gás. Aliás, além de um cavalo paraguaio nas vitórias, ele tem sido também um cavalo paraguaio durante as partidas, mesmo as que ele tem vencido. Mas, antes de qualquer análise, vamos à definição do que é um cavalo paraguaio. Segundo a Wikipédia:

Cavalo Paraguaio é uma gíria conhecida no futebol brasileiro. Usa-se este termo para designar equipes que largam na frente nas competições e, com o decorrer da mesma, caem de produção, deixando de vencê-la e até mesmo podendo terminar a competição em último lugar.

Esta expressão teria origem no turfe, onde os cavalos que saem em primeiro e terminam entre os últimos seriam chamados desta forma. É provável que o termo "paraguaio", em tom pejorativo, esteja relacionado ao preconceito brasileiro à qualidade dos produtos trazidos do Paraguai ao Brasil, muitas vezes descaminhados.

Pois bem, o começo foi disparado na frente mesmo, com 8 vitórias e 2 derrotas nas primeiras 10 partidas e no topo do Oeste junto com o Los Angeles Lakers. Desde então, tivemos mais 14 jogos. Neles, o Suns venceu 7 e perdeu outros 7, mais de uma vez entregando a partida depois de um começo arrasador, e nas vitórias, começando bem também, mas deixando o adversário buscar e às vezes até liderar a partida durante o final do terceiro e o começo do quarto quarto.

Para provar essa teoria, vamos aos números: nessas 14 partidas, o Suns teve média de 22.35 pontos no terceiro quarto, quando a coisa geralmente começa a desandar. Seus oponentes tiveram 25.35 pontos. A diferença não é tão grande, mas nisso eu contei as derrotas e as vitórias, e mesmo assim o Suns tende a permitir uma recuperação do time no terceiro quarto, ou até um distanciamento na liderança.

Foi o caso no jogo de quinta contra o Blazers, o Suns começou muito bem a partida, botou mais de 15 pontos de diferença e deixou o time buscar. No final, botou a bola na mão do Amaré 4 vezes e uma na do Grant Hill e eles erraram. Teve o Nash que fazer milagre com 2 bolas de três impossíveis, mas infelizmente já era tarde demais para tentar correr atrás do prejuizo. Eu acho que o Suns devia deixar o Nash decidir os jogos, não adianta ficar no pick and roll com o Amaré se for pra ele ficar perdendo essas bolas, o Nash meteu dois arremessos impossíveis, ele provavelmente teria convertido pelo menos dois daqueles arremessos tentados pelo Stat.

Enfim, não adianta chorar sob o leite derramado, esse é apenas um dos problemas que o Suns vem enfrentando. O adversário de hoje é o Whasington Wizards em casa à meia noite, um jogo que o Suns não pode perder de jeito nenhum.